MD recebe dirigente russo para estreitar parceria na área de Defesa

Na oportunidade, os ministros reiteraram o compromisso de dar continuidade às tratativas para aquisição, por parte do Brasil, do sistema de defesa antiaérea russo de média altura Pantisir-S1.

O ministro Amorim reafirmou a intenção brasileira de adquirir o sistema Pantsir-S1, inclusive com ampla transferência de tecnologia prevista contratualmente. "É o nosso desejo que isso ocorra com a participação de empresas brasileiras".

Amorim disse ainda que o Brasil tem interesses em cooperação em outros setores, como a área aeroespacial, e na diversificação de parceiros comerciais. Mas, lembrou que para isso aconteça os acordos já firmados sejam bem executados.

Em agosto deste ano, uma comitiva brasileira esteve em Moscou, na Rússia, para realizar avaliações complementares do sistema de artilharia antiaérea Pantsir-S1, que poderá ser adquirido pelo Brasil para suprir essa necessidade.
 

Cooperação em defesa antiaérea

Uma Comitiva da Federação Russa realizou visita ao Brasil no mês de novembro/2014 para conhecer a parte operacional dos sistemas brasileiros de Defesa Aeroespacial e de Defesa Antiaérea, responsáveis pelas ações de proteção com emprego de mísseis para o abate de alvos aéreos hostis.

Liderado pelo general Serguei Babakov, comandante das tropas de misseis antiaéreos da Força Aérea Russa, o grupo foi recebido pelo brigadeiro Gérson Machado, responsável pela Chefia de Logística do Ministério da Defesa.

A comitiva cumpriu uma extensa agenda com o objetivo de estreitar a cooperação entre os dois países no setor de defesa antiaérea.

Em Brasília, a comitiva russa visitou o 11º Grupo de Artilharia Antiaérea, onde o comandante da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea, general João Chalella, fez uma apresentação sobre como a unidade se insere no sistema de defesa aeroespacial.

Na oportunidade, foram apresentados os equipamentos utilizados pelo Brasil, como radares e misseis, além do Centro de Operação Antiaérea. “Mostramos a estrutura da Brigada e como é feito esse acionamento pelos nossos sistemas de comunicações, sempre sob o controle do Comdabra (Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro)”, disse o general.

Os militares russos também estiveram no Comdabra e no Cindacta 1 (1º Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo), onde o brigadeiro Leonidas Medeiros detalhou como é feito o monitoramento de toda a malha aérea, além de apresentar os sistemas utilizados para controlar os cerca de 22 milhões de quilômetros quadrados do espaço aéreo brasileiro.

Troca de experiências

O general Serguei Babakov conversou com os responsáveis pela defesa antiaérea do Brasil, detalhando técnicas e equipamentos que já são utilizados em seu país e elogiou a parceria com o Brasil. “Estou muito satisfeito com a cooperação estabelecida entre os nossos ministérios da Defesa. Espero que esses contatos se aprofundem, porque isso amplia a nossa cooperação mútua e também o entendimento entre os nossos países”, disse.

Brasil e Rússia vêm estabelecendo uma série de conversas ao longo dos últimos anos sobre a demanda das Forças Armadas brasileiras por um sistema de defesa antiaérea de média altura, capaz de abater alvos que transitam a partir de 10 mil metros.

Em agosto deste ano, uma comitiva brasileira esteve em Moscou, na Rússia, para realizar avaliações complementares do sistema de artilharia antiaérea de média altura Pantsir-S1, que poderá ser adquirido pelo Brasil para suprir essa necessidade.

Até o final deste ano, está prevista outra visita de comitiva do Ministério da Defesa a Rússia, como parte da continuação das tratativas entre os dois países sobre o assunto.

A Copa do Mundo e o planejamento de Defesa

Além de técnicas e equipamentos de defesa antiaérea, os militares dos dois países também trocaram informações sobre o planejamento de segurança e defesa adotado pelo Brasil durante a realização de grandes eventos, que obteve bons resultados copa do Mundo 2014.

Os oficiais brasileiros explicaram que, para o mundial, os militares das três Forças Armadas atuaram em diversas áreas de segurança e que tudo foi monitorado pelos centros de comando e controle.

A comitiva russa demonstrou grande interesse em saber mais da experiência brasileira, já que, em 2018, a Rússia sediará o maior evento de futebol do planeta. “Temos total interesse em continuar esse contato para podermos adotar mais a experiência dos brasileiros”, afirmou o general Serguei Babakov.

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