A Marinha do Brasil, representada pela Diretoria de Abastecimento da Marinha e o Comando do Material de Fuzileiros Navais (CMatFN), vem trabalhando para aprovar, em breve, o novo uniforme operativo do Corpo de Fuzileiros Navais (CFN).
A fase inicial de testes começou no dia 8 de julho, no Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais – Batalhão Tonelero. O novo camuflado também foi utilizado, em caráter experimental, por um pelotão de Fuzileiros Navais durante a Operação “Formosa”, realizada entre os dias 8 e 17 de julho, no município de Formosa-GO.
A Gerência de Equipagens Operativas do CMatFN está à frente do projeto e vem trabalhando intensamente para testar e aperfeiçoar o uniforme, produzido em parceria com o Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil (SENAI/CETIQT), que cuida do projeto e da integração da cadeia de fornecimento; a Santista, responsável pelo desenvolvimento tecnológico e pelas funcionalidades do tecido; e a BDS Confecções, encarregada do desenvolvimento do projeto e da confecção do uniforme.
As características modernas do tecido nyco, utilizado pelas principais Forças Armadas do mundo, como a dos Estados Unidos da América, representam a principal diferença do atual para o novo camuflado.
É o que diz o Gerente de Equipagens Operativas do CMatFN, Capitão de Mar e Guerra Figueiredo. “O novo camuflado possui um tecido muito confortável, com propriedades térmicas, que distribuem melhor o calor pelo corpo, repelem insetos e são antimicrobianas. O uniforme também é resistente e de alta durabilidade, entre outros benefícios”.
Outra diferença importante é que o novo camuflado será confeccionado em dois padrões de cores. O atual será mantido para emprego em operações ribeirinhas, devido às especificidades do ambiente de selva e sua vegetação mais escura.
Para atuação em área urbana e rural, onde o cenário é mais claro, foi produzida uma cor com predominância de tons em bege, cinza e verde-claro, ideal, por exemplo, para uso durante operações de Garantia da Lei e da Ordem.
O novo camuflado vem sendo desenvolvido desde 2018, como produto estratégico de Defesa, uma vez que estimula a produção da indústria têxtil e de confecção nacional. Nos testes realizados até agora, o balanço vem sendo bastante positivo, na opinião do Comandante Figueiredo.
“O camuflado se mesclou muito bem ao ambiente, proporcionando uma boa camuflagem ao usuário. Sob a observação de equipamentos de visão noturna com irradiação infravermelha, o tecido camuflado manteve a mesma eficiência de ocultamento”, avaliou.
Os testes continuarão ao longo deste ano, de modo a verificar seu desempenho nos diversos biomas existentes no País. A próxima previsão de utilização do novo camuflado será durante a Operação “Dragão”, que ocorrerá em novembro.
Sob a observação de equipamentos de visão noturna, tecido camuflado manteve eficiência de ocultamento
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