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Jackson Schneider(EDS) – Nascemos, Somos e Permaneceremos uma empresa de Defesa

 

Nota DefesaNet

Texto em inglês:

Jackson Schneider (EDS) – We are a defense company. We were born a defense company and will always be one Link

O Editor

Nelson Düring
Editor-chefe DefesaNet

 
Durante a LAAD Defence & Security 2015, DefesaNet entrevistou Jackson Schneider, CEO da EMBRAER Defesa & Segurança, que tratou de temas sensíveis, que afetam os principais projetos da empresa no momento  

DefesaNet – A  visão EMBRAER Defesa & Segurança sobre a LAAD 2015.

Jackson Schneider – Falando da feira há uma questão mais brasileira, que eu acredito limitada no tempo, que é a dificuldade orçamentária fruto de um ajuste fiscal, e que vai demandar a necessidade de definição de prioridades.

Isto de certa forma já está acontecendo.

As Forças estão identificando suas prioridades e talvez alguns projetos tenham de ser rediscutidos. Nós temos esta percepção e clareza disso.

Nossas atividades são projetos estratégicos, mas sabemos que em alguns outros talvez tenhamos  de negociar ajuste de escopo ou eventualmente redefinição do tempo de entrega.

Neste sentido eu acredito que o Projeto do Cargueiro Multimissão KC-390, não é um projeto que venha a ser atingido, espero, é um projeto absolutamente estratégico para o país.

É um projeto que está caminhando dentro daquilo do que foi contratado estamos absolutamente dentro do cronograma do contrato.

Portanto não acredito que tenhamos algum tipo de interferência em relação a este contrato.

Temos atrasos no cronograma financeiro e estamos conversando com o cliente como equacionar.

Tenho também uma clareza quanto a da sinceridade do esforço  do cliente na busca de uma solução. Esperamos que não tenhamos nenhuma solução negativa, pois não temos condições de arcar com um projeto desta magnitude sozinhos.

Mas, a nossa expectativa e que alcançaremos uma solução nesse sentido.

Outro projeto estratégico que temos é o SISFRON (Sistema de Integrado de Montoramento de Fronteiras).  O Projeto SISFRON vai além do projeto em si, pois os benefícios sociais são gritantes: controle tráfico de armas para as grandes cidades, controle do  narcotráfico, contrabando de carros roubados. O benefício social para a Sociedade que tem o retorno do investimento no projeto multiplicado por várias vezes.

Nos outros projetos concernentes às modernizações de aeronaves temos um olhar distinto na expectativa de uma redefinição. Temos de conversar com o cliente para ver qual a melhor equação para isto acontecer.

Há uma clareza na EMBRAER Defesa & Segurança: Somos um empresa de Defesa, Nascemos como uma empresa de Defesa e Permaneceremos como uma empresa de Defesa.

Independente da dificuldade momentânea, independente das circunstâncias, permaneceremos no setor, investindo no setor e com a expectativa de crescer no setor de Defesa.  

Neste momento nacional nos leva a ter um foco ainda maior nas exportações. Somos uma empresa naturalmente focada nas exportações, mas vamos ter um foco ainda maior no mercado externo.

Na LAAD recebemos 44 delegações estrangeiras absolutamente interessadas em nossos produtos. O carro chefe passou a ser o KC-390. Passou da fase da curiosidade e entrou na fase do interesse efetivo e logo estaremos discutindo contratos.

Com vários países interessados Com vários países buscando contatos e manifestando interesse em aquisição. Além do grupo inicial de países, que estão participando do projeto. O que é extremamente positivo.  Uma perspectiva muito positiva do produto

Uma razão a mais para não termos nenhum atraso no desenvolvimento projeto. O KC-390 trará muitas divisas ao país e gerará muitos empregos e é um produto de muita tecnologia e alto valor agregado.

DefesaNet – Estivemos com representante da Argentina, vice-ministro argentino, Santiago Rodriguez, que estão orgulhosos de participar e ansiosos por maior fatia no projeto do KC-390.

Jackson Schneider – A FAdeA tem uma participação muito ativa. E eles estão sendo absolutamente competentes e entregando o projeto nos prazos e com a qualidade que foi contratada. Estamos muito satisfeitos com a participação da Argentina no Projeto do KC-390.

DefesaNet – A ida ao mercado externo está muito associada à obtenção de créditos. Neste momento como a EMBRAER Defesa & Segurança conseguiria viabilizar recursos?

Jackson Schneider – Estamos falando de projetos de longo prazo. Na área de defesa não há contrato no curto prazo. As soluções de financiamento são variadas. Muitas vezes o país não precisa, ou tem uma solução de financiamento própria ou este é feito por entidades internacionais de fomento. Algumas vezes necessita-se sim de financiamento e o BNDES não nos tem faltando. Claro, talvez em patamares distintos no futuro. Para as exportações tem sido um parceiro muito ativo e muito presente. Temos certeza de que continuará.

DefesaNet – E o Supert Tucano?

Jackson Schneider – Temos informações muito positivas, vendemos 210 aeronaves sendo 190 já entregues.

Temos hoje a fábrica no Brasil (Gavião Peixoto) e nos Estados Unidos (Jacksonville), esta mais direcionada para as compras americanas.

Há cerca de 10 campanhas de venda abertas e expectativas de anúncio de vendas nos próximos meses.

DefesaNet – Há possibilidade de atingir a expectativa inicial de 100 Super Tucanos com os americanos?

Jackson Schneider – Temos sempre uma expectativa positiva. Não falamos de contratos. Temos expectativas que as duas fábricas tenham novas atividades.

DefesaNet – Mensagem ao Público interno.

Jackson Schneider – Temos plena confiança de que vamos passar por este momento. Não é bom, pois desarticula o setor. Especialmente no setor de Defesa, pois é um setor de alta tecnologia  onde necessita de profissionais extremamente capazes e cuja formação é extremamente cara.

A desarticulação do setor com as empresas tendo de demitir ou mesmo com dificuldades de sua existência é muito negativa.

Quanto a EMBRAER Defesa & Segurança nós permaneceremos ativos e continuaremos investindo.

Claro que teremos de renegociar com o cliente alguns contratos. Já estamos fazendo isso. Acreditamos que pelo grau de relevância de nossos projetos  e pela importância, que têm para o país os mais estratégicos serão preservados.

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