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Rockwell Collins cria sistema de comunicação específico para Amazônia

Júlio Ottoboni
Correspondente DefesaNet


A Rockwell Collins do Brasil, sediada em São José dos Campos, fez o lançamento mundial na primeira semana de abril do seu novo produto, o sistema de comunicação em rede TruNet. Esse sistema, segundo os executivos da empresa, inclusive seu presidente das Américas Alan Prowse veio especialmente para lança-lo no país.

“Não importa se é para operações táticas, patrulha de fronteira, segurança urbana ou costeira, apoio à desastres ou busca e resgate, o TruNet é o sistema mais apto e flexível já oferecido para atender às necessidades diversificadas de comunicação dos líderes militares e civis brasileiros”, observou Prowse.

Uma das apostas para o Brasil está no HF Celullar. Esse sistema de sistema de comunicação que será apresentado na LAAD foi testado com grande eficiência. O equipamento é tido como o ideal para garantir a conexão em regiões remotas, como a região amazônica. Segundo os engenheiros da Rockwell Collins a solução  foi testada com larga eficiência para operar em ambientes com o da Floresta Amazônica, onde há uma dificuldade imensa de comunicação via rádio e também via satélite.

Uma das particularidades da floresta é criar anomalias na ionosfera, que refletem o sinal de rádio provocando um desvio em seu caminho. Conforme a intensidade do fenômeno, isso torna a comunicação praticamente impossível sobre a área de influência da floresta, principalmente no uso de satélites de comunicação.

“A partir de junho o Comando Militar Norte na Amazônia receberá uma demonstração in loco sobre o novo produto”,  observou o presidente brasileiro, Nelson Aquino. Os executivos acreditam terem conseguido um aparelho com um grau de eficiência para superar as dificuldades inerentes da região, como barreiras físicas, distâncias imensas e áreas remotas.

O Exército Brasileiro será o primeiro das armadas dos países panamazônicos a testar o equipamento. Os outros países poderão estar na apresentação, isso dependerá de um convite dos militares brasileiros. O HF Cellular tem a possibilidade de criptografar seu sinal, guardando assim o sigilo da informação transmitida. O sistema se utiliza de antenas e pode cobrir todo globo terrestre.

A intenção da Rockwell é nacionalizar ao máximo os produtos de interesse nacional e adapta-los a realidade brasileira, num processo conhecido como ‘tropicalização”. “Pretendemos usar o Brasil como uma plataforma para expandir nossos negócios”, observou o executivo Aquino.

Sobre os caças Gripen, o presidente das Américas, Alan Prowse, explicou que a empresa não ofereceu seu Wide Area Display como alternativa ao da AEL Sistemas para o caça, apesar do sistema da Rockwell Collin já fazer parte dos aviões em outras configurações.

“Foram sete anos de desenvolvimento para encaixar essa solução para a aeronava, com um software especial e um grande nível de complexidade. Os displays são fabricados nos EUA e podem ser feitos no Brasil, inclusive customizados para essa versão. Os Gripen que voam hoje já tem a solução da Rockwell e também a nova geração do caça terá o cockpit com a nova aviônica, em 2018/19”, comentou Prowse.

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