FAB – Exercício de busca e salvamento em combate

Mais de 200 militares de 15 unidades da Força Aérea Brasileira (FAB) estão reunidos a partir desta segunda-feira (1/9) na Base Aérea de Campo Grande (BACG) para o Exercício Operacional CSAR 2014. A sigla, do inglês Combat Search and Rescue, refere-se às missões de busca e salvamento realizadas em ambiente hostil.

Os treinamentos envolvem dez aeronaves, entre aviões A-29 Super Tucano, uma Aerononave Remotamente Pilotada RQ-900 e helicópteros AH-2 Sabre, H-60 Black Hawk, H-36 Caracal, H-34 Super Puma e H-1H. Também participam o Segundo Grupo de Defesa Antiaérea (2° GDAAE), o Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1° GCC) e o Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento. A coordenação é realizada pela Segunda Força Aérea (FAE II).

Voos, aulas e palestras

O Comandante da BACG, Coronel Potiguara Vieira Campos, abriu oficialmente o Exercício Operacional CSAR 2014. Piloto de helicóptero, ele lembrou da evolução do conceito CSAR na FAB desde os anos 90 e a importância de reunir em um só lugar militares de várias unidades. "Há uma necessidade de auto conhecimento e conhecimento dos outros", afirmou. Para o Coronel Potiguara, mais que horas de voo, um treinamento como este pode ter a sua qualidade mensurada pelo número de lições aprendidas.

Além das missões aéreas, o exercício inclui aulas e palestras. A primeira, do próprio Coronel Potiguara, mostrou a história das missões CSAR e revelou a complexidade da atividade. "Tudo pode acontecer. É uma missão cerebral", explicou. Lembrou ainda que, durante missões CSAR, helicópteros e aviões utilizados nos salvamentos podem ser abatidos pelos inimigos.

Entre as curiosidades, a palestra revelou as primeiras tentativas de realizar missões CSAR desde a Primeira Guerra Mundial, as ações durante a Segunda Guerra Mundial, o surgimento de equipes especializadas durante a Guerra da Coreia, a experiência dos Estados Unidos na Guerra do Vietnã e os desafios das tropas no Iraque e no Afeganistão. Abordou, ainda, as diferenças, as semelhanças e a integração entre as atividades das forças especiais e as missões CSAR.

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