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Jatos da Embraer ganham segunda geração

Chico Pereira

Nove anos após ter entrado em operação, os jatos da Embraer para a aviação comercial entre 70 e 120 assentos vão ganhar uma segunda geração de aeronaves, que deve garantir a permanência da família no portfólio da empresa pelo menos por mais 20 anos.
O lançamento oficial do projeto ocorrerá ainda este ano, mas sem data prevista.

Existe expectativa de que a companhia anuncie o lançamento durante a Paris Air Show, em Le Bourget, a maior e mais importante feira mundial de aviação, que será realizada em junho.

A previsão é que a nova geração de jatos comerciais da companhia entre em operação a partir de 2018.

Modernização.

Sucesso de vendas, os EJets 170/190 vão passar por modernização tecnológica, chamada de remotorização.

A Embraer já selecionou as empresas que vão modernizar a família para a segunda geração de aviões.

Os novos jatos serão equipados com motores Pratt & Whitney e sistemas aviôni-cos da Honeywell.

Os atuais voam com motores GE. A UTC Aerospace Systems fornecerá o sistema de geração e distribuição elétrica, rodas e freios de carbono, e a Unidade de Potência Auxiliar (APU) da Pratt & Whitney.

Segundo a Embraer, os motores de última geração resultarão em melhorias de dois dígitos no consumo de combustível, manutenção e ruídos externos.

Vendas.

Desde o lançamento dos EJets, em 2004, a Embraer já comercializou 1.136 aeronaves da família, segundo informações da empresa.

Já foram entregues 925 jatos e a companhia possui uma carteira firme de encomendas de 211 unidades.

O Embraer 190 é o modelo mais vendido, com um total de 556 encomendas firmes e 264 opções. Foram feitas 459 entregas e a carteira tem 97 pedidos firmes, segundo o balanço financeiro do primeiro trimestre da empresa, divulgado no dia 29 de abril.
 
Empresa volta a fechar bons negócios

Após amargar um período de três anos de baixas vendas por causa da crise econômica mundial, a Embraer voltou a fechar bons negócios este ano na aviação comercial.

O reaquecimento do mercado aeronáutico proporcionou à empresa retomar as vendas para os Estados Unidos, principal destino da suas aeronaves para a aviação comercial.

O modelo Emb raer 175 é o destaque. As aéreas norte-americanas estão renovando a sua frota de jatos de 50 assentos para modelos de 70 a 80.

No começo do ano, a empresa anunciou a venda de 47 jatos desse modelo para a Republic Airways com opção para a compra de mais 47 unidades, negócio que pode atingir US$ 4 bilhões.

Para a America Airlines, foram vendidos 30 jatos 175 com opção para mais 40.

Lucro da empresa tem queda de 67%

A Embraer registrou recuo de 67% no lucro líquido apurado no primeiro trimestre deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado. A empresa registrou lucro de R$ 61,7 milhões ante R$ 187,6 milhões no período comparado. A companhia faturou no primeiro trimestre R$ 2,156 bilhões. As entregas também foram menores em relação a 2012.
 

AVIAÇÃO COMERCIAL

Participação: O segmento da aviação comercial ainda é o carro-chefe do faturamento da Embraer

Percentual:  No ano passado, a aviação comercial foi responsável por 61% do total do faturamento da companhia

Trimestre: No primeiro trimestre deste ano, o segmento respondeu por 59% da receita

Jato 170: A Embraer registra 193 pedidos firmes do modelo e 27 opções de compra. Foram entregues 187 aeronaves. Restam 9 pedidos firmes
Jato 175: A empresa registra 245 pedidos firmes e 313 opções. Foram entregues 165 aeronaves. Restam 80 para entrega
Jato 190: Estrela da família, a companhia registra 556 pedidos firmes e 264 opções de compra. As entregas somam 459. Restam na carteira 97 entregas firmes
Jato 195: A empresa registra 142 pedidos firmes e 20 opções. Foram entregues 117. Restam 25 pedidos

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