ARGENTINA – Macri visita unidade atacada pelos Montoneros em 1975

Na corrida presidencial o  presidente Mauricio Macri visitou e conduziu um ato de homenagem aos militares morto durante o ataque realizado por guerrilheiros do grupo guerrilheiro Monotonero,   em 5 de outubro de 1975,  contra o quartel General do Regimiento de Infantería de Monte 29 de Formosa.

"Decidimos conceder um subsídio extraordinário às famílias dos mortos em defesa do 29º Regimento de Infantaria de Monte", disse o presidente durante a homenagem feita na tarde de sexta-feira (04OUT2019), véspera de completar 44 anos do ataque, nas instalações do Regimento Patrício, no bairro de Palermo,  Buenos Aires.

Ele argumentou que essa decisão foi tomada "com base no tempo e na não resposta do Congresso após muitos anos de esforço que começaram com o ex-deputado nacional de Formosa, Ricardo Buryaile, para dar um benefício compensatório às famílias".

A ação de guerrilha, realizada durante o mandato constitucional da então presidente María Estela Martínez de Perón, matou 10 soldados, um sargento e um segundo tenente do Exército, enquanto um policial de Formosa também foi morto.

O ministro da Defesa, Oscar Aguad, participou do evento juntamente com o presidente; o secretário de Direitos Humanos e Pluralismo Cultural, Claudio Avruj; o chefe do Estado-Maior Conjunto, tenente-general Bari del Valle Sosa, e o chefe do exército, general Claudio Pascualini.

Além disso, havia ministros nacionais, legisladores e parentes dos mortos naquele ataque.

Macri antecipou que na próxima semana ele assinará o decreto para instruir o Ministério da Defesa a avançar com a entrega do benefício compensatório.

Ele alertou que esse gesto é algo que "deveríamos como sociedade", porque durante muito tempo "o Estado ficou em silêncio diante das vítimas, um silêncio que dói".

Até agora, os membros da família recebiam apenas uma pensão mínima do Exército.

A captura também matou 13 membros da organização guerrilheira que durante o governo do presidente Nestor Kirchner foram incluídos no Monumento às Vítimas do Terrorismo de Estado.

Além disso, foram incluídos na lista do Conadep e seus familiares receberam indenizações correspondentes às vítimas do terrorismo de Estado.

 

"O terror e a violência da década de 1970 devem ser lembrados como um capítulo sombrio da nossa história, como aquele país para o qual nunca queremos voltar", disse o chefe de Estado em sua mensagem.

Macri disse que "estamos aqui para prestar homenagem aos 13 heróis mortos há 44 anos no ataque ao Regimento de Infantaria do Monte Nº29, na cidade de Formosa".

Ele lembrou que o grupo de guerrilheiros sequestrou um vôo da Aerolineas Argentinas e tomou o aeroporto da capital Formosa.

Ele disse que "eles fizeram reféns a centenas de pessoas, mataram Neri Argentino Alegre, que servia a comunidade pela polícia da província e depois atacaram o Regimento", onde as 12 tropas do Exército perderam a vida.

"Treze vidas entregues em cumprimento do dever", disse o presidente.

Macri disse que "nada do que ele diz pode devolver seus entes queridos" a famílias que "por muitos anos, cada vez que essa data se aproxima, surgem angústias, tristezas e desamparos".

"Quero que saibam que o tenente Ricardo Massaferro, o sargento Víctor Sanabria e os soldados Antonio Arrieta, Heriberto Dávalos, José Coronel, Dante Salvatierra, Ismael Sánchez, Tomás Sánchez, Edmundo Roberto Sosa, Marcelino Torales, Alberto Villalba e Hermindo Luna, estarão lá sempre na memória de todos os argentinos ", frisou.

Ele ressaltou que "lembrar e honrar esses bravos Formoseños é uma responsabilidade histórica, com o presente e o futuro de nosso país" e afirmou que isso significa "ratificar nosso compromisso com a República e a democracia".

"É assim que queremos viver. Numa Argentina que resolve seus conflitos em paz. A violência nunca é a solução. A vida deve sempre ser nossa principal prioridade", afirmou.

Durante o ato, caixas de homenagem foram entregues às famílias dos mortos e a "Ordem de Serviço Distinto" também foi paga aos parentes dos mortos em cumprimento ao dever militar entre 1974 e 1975.

Nota DefesaNet

 

A homenagem aos mortos do ataque ao Regimiento de Infantería de Monte 29, de Formosa, tem dois significados importantes.

1 – A solenidade que ocorre anualmente pela primeira vez tem a presença de Mauricio Macri.

2 – Às vésperas da eleição presidencial, 27 OUT2019, Macri traz a questão do terrorismo. Comemora um ataque realizado pelo Grupo Peronista Radical Montoneros, no governo de Isabelita Peron.

A outra promessa de Macri ao assumir que revisaria as penas dos militares e policiais condenados e cumprindo pena teve um recuo e nunca foi implementada. Até Setembro foram 527 Militares e Policiais que faleceram no cativeiro, sendo 182 mortos desde 10 de Dezembro de 2015, quando assumiu o atual Presidente Mauricio Macri 

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