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Com o objetivo de mostrar proximidade com os militares, inclusive vestindo a insígnia de Comandante-em-Chefe das Forças Armadas, o presidente Nicolás Maduro assistiu o lançamento de um míssil pela Armada Venezuelana
Ao meio-dia desta quarta-feira (22MAI13), o presidente Nicolas Maduro chegou à ilha de Orchila para o lançamento do míssil Otomat MK2, como parte das estratégias de defesa da nação.
Antes do lançamento do míssil, o presidente nacional emitiu uma mensagem à nação para destacar a importância do evento militar
"Isso é parte da estratégia desenvolvida pelo Comandante Supremo, Hugo Chávez, recuperar, capacitar e fortalecer toda a base da nossa Fuerza Armada Nacional Bolivariana (FANB)"
O míssil superfície-superfície Otomat Mk2 foi disparado desde o Patrulheiro de Combate PC12 “Federación”, da Classe Federacón, da Armada Bolivariana Armadas, na ilha La Orchila.
O Presidente Maduro foi acompanhado por todo o Alto-Comando Militar da Venezuela, desde o Almirante Alfredo Molero Bellavia, Ministro do Povo para a Defesa, General Wilmer Barrientos, Comandante Operacional Estratégico (CEOFANB), o almirante Diego Guerra Barreto, Comandante da Armada Bolivariana, Almirante Gilberto Pinto Branco, Comandante de Operações Navais; Euclides Rafael Brito Rojas, Comandante da Base Naval, CN Antonio Diaz, e outros oficiais generais, almirantes, membros do Alto Comando Militar.
Foi salientado a importância destes projetos de equipamentos militares para proteger a costa venezuelana. Este evento homenageia a Marinha disse o Presidente da República Bolivariana da Venezuela e comandante-em-chefe da Fuerza Armada Nacional Bolivariana Também participou, o presidente da Assembleia Nacional (AN), Diosdado Cabello, e o ex-ministro da Defesa e jornalista General José Vicente Rangel, onde manobras militares são executadas pelo componente da Armada Bolivariana.
Antes do lançamento do míssil, o presidente nacional emitiu uma mensagem à nação para destacar a importância deste processo e observou a recuperação da capacidade militar de defensa da la Fuerza Armada Nacional Bolivariana (FANB), que durante a Revolução Bolivariana tem sido reforçada por decisão do líder Hugo Chávez.
"Isso é parte da estratégia desenvolvida pelo Comandante Supremo, Hugo Chávez, recuperar, capacitar e fortalecer toda a nossa Fuerza Armada Nacional Bolivariana, particularmente a Marinha", disse ele.
Ele também enfatizou: "O que vemos hoje é a recuperação da capacidade de defesa dos nossos mares e nossa terra, para tornar o nosso país uma pátria inatacável, intocável por qualquer regra deste mundo."
O comandante geral da Marinha, Diego Guerra disse que o míssil Otomat MK-2 é um "sistema de armas adquiridas pela República na década de setenta" e que a Venezuela " com tecnologia própria" e apoiada por Cuba pode modernizar.
"É um sistema de míssil superfície-superfície, ou seja, ship-to-ship, que preenche todos os requisitos para os conflitos atuais (…) mede cerca de 4,46 metros, com um radar de busca", explicou Guerra.
Proteger a soberania da Venezuela
O Presidente Maduro disse que com o lançamento do míssil Otomat mísseis armados são deixados para proteger a costa venezuelana.
Ele destacou o progresso que tem sido feito no equipamento tecnológico do treinamento militar e postura mais humana de seus membros.
Presidente da Assembléia Nacional, Diosdado Cabello, ressaltou que as FANB são anexadas ao processo revolucionário e da construção da pátriasocialista que é realizada no país.
Retórica e a Realidade
O último lançamento de um míssil OTOMAT foi em 6 de Junho de 2008 ( Ver a matéria Link). Nesta oportunidade durante as manobras “Patria Socialista 2008” também foram dispardos mísseis desde os caças Sukhoi SU-30MK2. Naquela oportunidade ocorriam trze anos que o míssil não era disparado pela Armada Venezuelana.
O Otomat MK.2 está no arsenal da Armada da Venezuela desde princípios dos anos oitenta, comprados durante o primeiro governo de Carlos Andrés Pérez, e equipam as fragatas Classe Sucre e os navios Patrulha classe Federación, que estão na frota da Venezuela há mais de 20 anos
O míssil tem uma vida média de 10 anos, considerando a vida das baterias e em especial a estabilidade do propelente e carga explosiva. Após este período o míssil tem de ser remotorizado ou descartado, Há a posssibilidade de explosão prematuara durante o disparo devido a instabilidade do propelente sólido.
Um processo similar ao que o Brasil está realizando na remotorização dos mísseis Exocet que constam do arsenal da Marinha do Brasil.
Causa estraheza a afirmação de que os mísseis OTOMAT MK2 da Venezuela foram recuperados com a ajuda de Cuba. Uma afirmação de conteúdo mais político-ideológico do que realidade tecnológica.
OtomatMk2 (fruto da associação da italiana Oto Melara e francesa MATRA) é um míssil de tecnologia ultrapassada e seu alcance teórico máximo é de 180 km.
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