Começa o primeiro Exercício Conjunto de Defesa Civil no Estado do Rio

Major Sylvia Martins

Nesta segunda-feira (31), em Petrópolis (RJ), na região serrana do Rio de Janeiro, teve início a terceira edição do Exercício Conjunto de Defesa Civil (ECADEC), que reúne militares das Forças Armadas, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, órgãos de Saúde e meio ambiente e outras instituições, para um treinamento simulado de procedimentos e capacidades que possam minimizar os danos causados por grandes desastres nas regiões do País.

É a primeira vez que o Exercício ocorre no Estado do Rio de Janeiro e, este ano, conta com um maior número de integrantes. Da parte da Defesa Civil, estão participando representantes de outros estados como Rondônia, Acre, São Paulo, Minas Gerais e Paraná.

Pesquisadores do Instituto Militar de Engenharia (IME) também vieram compor a atividade. São alunos, militares e civis, de mestrado e doutorado, do curso de Engenharia de Defesa. "Vamos aplicar formulários de pesquisa para conseguir identificar e propor melhorias na integração dos órgãos", disse a aluna de doutorado, capitão bombeiro, Andrea Escudeiro".

"O Exercício prepara a atuação das Forças Armadas de forma integrada com outras agências para atuar em diversas ocasiões. Pode ser no resgate as vítimas, mas também pode ser no atendimento de saúde, desobstrução de vias, vários cenários que as Forças Armadas podem atuar em conjunto com órgãos da Defesa Civil, visando mitigar o sofrimento das pessoas", explicou o capitão de Mar e Guerra Walter Marinho, integrante da coordenação da atividade, pela Chefia de Operações Conjuntas do Ministério da Defesa.

Silvia Carvalho , da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro, tem a expectativa de que o Exercício possa trazer melhorias na gestão de risco. "Mais do que testar a própria resposta ao desastre, é importante a articulação entre os órgãos para respostas e as estratégias de prevenção", ressaltou.

Abertura

O início oficial do evento ocorreu na parte da manhã com a participação de autoridades civis e militares. O comandante conjunto do Exercício, general Carlos Andre Alcântara Leite, lembrou que a atividade está voltada para um bem comum, para troca de informações e conhecimentos.

“É a reunião de diversas instituições voltadas para um bem comum. Trata-se de uma oportunidade para que possamos conhecer as capacidades de cada instituição, a fim de proporcionar uma cooperação e a integração de esforços, de maneira mais efetiva, em caso de necessidade” destacou o general.

O primeiro dia ECADEC foi dedicado à realização de diversas apresentações para ambientar os participantes com relação as suas funções e capacidades. Cada célula da simulação vai desenvolver, durante a semana, soluções para problemas apresentados pela direção do Exercício, que lançará incidentes no sistema.

Simulação

Em 2017, a simulação do ECADEC tem como base o desastre ocorrido na região serrana fluminense em 2011, que deixou mais de 800 mortos. O cenário simulado é construído com o apoio de ferramentas virtuais das Forças Armadas: o programa Pacificador e Combater, do Exército Brasileiro; e o sistema criado pelo Ministério da Defesa junto à Marinha, o Apolo.

Ambos os sistemas ajudam a criar uma rede de informações e situações para provocar a resposta imediata dos órgãos envolvidos, como os meios a serem empregados para solução de problemas problema decorrentes do desastre. Apesar das edições anteriores do ECADEC terem acontecido em estados com histórico de desastres e calamidade pública, o objetivo do treinamento é a preparação das agências para atender qualquer região do País, adaptando os procedimentos às características de cada uma.

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